O encontro de todas as artes. Não é à toa que brilhantemente o SESC ao definir o tema coloca – Conectando Lugares, Circulando Ideias. O que aconteceu hoje na Praça Carlos Sampaio Filho foi apoteótico. Artistas de São Paulo, Brasília e da Argentina sentiu-se em casa. Parecia que tinha bebido um pouco das águas do Maria Chica.
Grandes bailarinos, palhaços, recitadores e músicos trouxeram em si o melhor da arte brasileira e latina americana. Que nos tirou da zona de conforto e nos colocando num patamar que só a arte pode nos levar.
No meio da tarde, as estruturas do “Leve Livro”, onde você podia levar um livro e trocar com o que estava na estante e “Dulcineia Catadora”, que montou ao ar livre uma oficina para quem quisesse montar seu livro de papelão, costurá-lo e levá-lo para a casa.
Também teve a apresentação das Cias. Silensiosas + GT´AIME de São Paulo que explorou todos os cantos da praça. Desde o ponto de ônibus, bancos, luminárias, coqueiros e a fonte luminosa, mostrando que o movimento não tem limites.
Chacovachi usa as referências do cotidiano brilhantemente. Um palhaço que através de seus espetáculo fez críticas contundentes a política, a morte, ao poder e ao amor. Tanto é que em certo momento da apresentação uma mãe chamou o menino e diz: “Vamos embora que isso não é palhaço não”. Logo no inicio, ele autorizou uma mulher sentar na cadeira, desde que assim que o prefeito chegasse ela cederia o assento. Estamos até agora o prefeito chegar!
E Ellen? Ellen Oléria com sua multiplicidade de identidades de resistências – jovem compositora, negra periférica e lésbica subiu ao palco e nos presenteou com uma apresentação ímpar, capaz de nos tirar do chão literalmente. Com as batidas do Rap, Funk, Levadas Crioladas, Forró propõe Afrofuturista em um novo futuro para a raça negra. Isso é Ellen Oléria.
Quem não foi perdeu a oportunidade de embebedar-se com o melhor das artes. Já para quem foi nos resta sentir saudades e esperar 2016. O que você achou?